Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2013

Qualquer coisa pra desafogar

Certa vez li que o "romance estava em apuros" e de fato está. Preso em garras de desigualdade, indiferença e tortura. Ralado, cortado, enfraquecido... Só que o que não entendem é que feito areia fina o romance não pode ser levado em mãos abertas pois o vento o leva, e tampouco travado em firmes mãos que escorre pelos vão dos dedos. O romance é algo, assim, que deve ser acolhido, levado em proteção ou então ele se dispersa no ar e vai abrigar-se noutro canto. O romance, ou o nome que o dão, esteve e estará sempre em apuros, pois é preciso que risco ocorra. É, absurdamente necessário que medo e fraquezas façam parte disse processo... só assim aprendemos, entregamos, erramos, e o mais importante: só assim ele deixa o vento o levar quando for a hora de partir.

Tempo que passa

Feridas se tornam cicatrizes marcas lembram passado o sol dá espaço a lua surge o sol ressurge a lua também O homem bota a calça e calça a bota ela fecha a porta e abre a bolsa caminham juntos sem destino As estrofes são sem rimas sem contexto apenas sentimentos... e a lua surge o sol ressurge e eu também

poeta

sonhador de amor sentidor de dor de calor, fervor, rubor... ah, poeta desalmado aclamado, julgado, enclausurado, decapitado jogado. Não pensas em quem sente as palavras que lhe saem a mente poeta sujo, porco, recalcado permites dor, amor, fervor, calor Chega! antes que ceda que veja, que esteja Ah, poeta amado Julgado, apontado, eliminado.

Suspiros

E a gente navega, constrói horizontes de perfeição  Expande o núcleo de boas lembranças  Sorri, respira, inspira e esquece lembrando É o tempo que passa,  passa,  passa e não apaga o que ficou pra trás  Ai a gente recolhe momentos  pendura suspiros  torce pensamentos  e seca lágrimas  E o sol se põe a noite te banha a lua te chama e a gente sonha