... sentou-se na namoradeira ao lado dela , que vestia um penoar branco e longo que rastejava pelo chão quando caminhava, trocaram alguns olhares, e ela lhe sorriu, deixou no acento um caderno, uma caneta com alguns penduricalhos que faziam barulho enquanto escrevia e se aproximou de seu ombro. Contemplaram a lua refletida no lago em sua frente, e fixaram-se na grande e solitária rosa que isolada com pequenas pedrinhas brancas, enfeitava o grande cenário.
Era-lhes possível ouvir os risos dos sobreviventes de tão formoso dia na beira da piscina... pouco a pouco esses grunhidos iam-se abafando até que o silencio total veio-os a intensificar tão belo momento. Ainda contemplando a bela rosa, uma voz doce e acolhedora sussurrou no ouvido da dama:
- Assim como você me disse um dia...
- Sim, em terra fofa, cercada por pedrinhas brancas, uma única flor. É a sepultura de tudo aquilo que morreu em minha vida, enterrado em cova rasa. A namoradeira, enfeitada com fitas e flores em suas laterais, o lago escuro, reflexo prata da lua... Sim, exatamente como um dia te contei.
A madrugada chegara com grande velocidade, ela pediu licença, se levantou e caminhou rumo a seu aposento, avisou que logo voltava.
Ele sem muito que dizer, conduziu-a com seus olhos e admirou seu longo penoar se rastejar pela grama úmida do sereno até perde-la de vista, voltou-se a olhar o lago, voltou a ver a rosa, lembrou das ultimas palavras, intrigou-se com o mistério. Não se conteve, pulou na grama de joelhos, e com suas mãos afastou as pedrinhas, arrancou a rosa, e passou a tirar a terra, cavando um buraco, espantou-se quando as pontas de seus dedos sujas te terra tocou algo firme... tirou a terra que cobria e lá encontrou uma caixa, arrancou-a de lá e abriu-a.
Enquanto isso nos aposentos da casa, tão formosa moça caminhava como quem flutua pelos corredores em busca de nada, apenas caminhando, segurando em uma das mãos uma toalha e na outra uma manta de retalhos que outrora havia costurado um a um enquanto lembrava de seu passado. Verificou os dormitórios, viu seus hospedes bem acomodados e retomou o caminho á fora, sabia ela exatamente o que viria ao retornar para o jardim.
Ouviu o barulho de pequenos passos pela grana, e alguns suspiros de um choro sem lagrimas, jogou a manta na namoradeira, sentou ao seu lado, pegou suas mãos e sem dizer uma única palavra limpou-as com a toalha, levantou-o pegou a caixa e se encaminharam para namoradeira, não se ouvia mais nada além dos barulhos da madrugada, folhas caindo de altas arvores e alguns pequenos animais e insetos que por lá habitavam.
Cobriram-se com a manta, carinhosamente abriram a caixa e de lá retiraram cada objeto, e com se teletransportasem no tempo, voltavam em suas lembranças o fato que envolvia cada peça.
Ao fim de tudo, estavam quase adormecidos, com suas mãos juntas e cabeças deitadas nos ombros um do outro, observaram outra folha que caia, suspiraram, guardaram tudo, enterraram, e sorriram. Se entre olharam e mais uma vez se despediram, jurando nunca mais dizer adeus.
Era-lhes possível ouvir os risos dos sobreviventes de tão formoso dia na beira da piscina... pouco a pouco esses grunhidos iam-se abafando até que o silencio total veio-os a intensificar tão belo momento. Ainda contemplando a bela rosa, uma voz doce e acolhedora sussurrou no ouvido da dama:
- Assim como você me disse um dia...
- Sim, em terra fofa, cercada por pedrinhas brancas, uma única flor. É a sepultura de tudo aquilo que morreu em minha vida, enterrado em cova rasa. A namoradeira, enfeitada com fitas e flores em suas laterais, o lago escuro, reflexo prata da lua... Sim, exatamente como um dia te contei.
A madrugada chegara com grande velocidade, ela pediu licença, se levantou e caminhou rumo a seu aposento, avisou que logo voltava.
Ele sem muito que dizer, conduziu-a com seus olhos e admirou seu longo penoar se rastejar pela grama úmida do sereno até perde-la de vista, voltou-se a olhar o lago, voltou a ver a rosa, lembrou das ultimas palavras, intrigou-se com o mistério. Não se conteve, pulou na grama de joelhos, e com suas mãos afastou as pedrinhas, arrancou a rosa, e passou a tirar a terra, cavando um buraco, espantou-se quando as pontas de seus dedos sujas te terra tocou algo firme... tirou a terra que cobria e lá encontrou uma caixa, arrancou-a de lá e abriu-a.
Enquanto isso nos aposentos da casa, tão formosa moça caminhava como quem flutua pelos corredores em busca de nada, apenas caminhando, segurando em uma das mãos uma toalha e na outra uma manta de retalhos que outrora havia costurado um a um enquanto lembrava de seu passado. Verificou os dormitórios, viu seus hospedes bem acomodados e retomou o caminho á fora, sabia ela exatamente o que viria ao retornar para o jardim.
Ouviu o barulho de pequenos passos pela grana, e alguns suspiros de um choro sem lagrimas, jogou a manta na namoradeira, sentou ao seu lado, pegou suas mãos e sem dizer uma única palavra limpou-as com a toalha, levantou-o pegou a caixa e se encaminharam para namoradeira, não se ouvia mais nada além dos barulhos da madrugada, folhas caindo de altas arvores e alguns pequenos animais e insetos que por lá habitavam.
Cobriram-se com a manta, carinhosamente abriram a caixa e de lá retiraram cada objeto, e com se teletransportasem no tempo, voltavam em suas lembranças o fato que envolvia cada peça.
Ao fim de tudo, estavam quase adormecidos, com suas mãos juntas e cabeças deitadas nos ombros um do outro, observaram outra folha que caia, suspiraram, guardaram tudo, enterraram, e sorriram. Se entre olharam e mais uma vez se despediram, jurando nunca mais dizer adeus.
Comentários
Postar um comentário