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Conseqüencias (in)conseqüentes

Fama, popularidade, glamour...

"Eu não sei fazer poesia, mas que se foda!"

Boa tarde, queridos leitores... Tenho visto que mesmo sem atualizações nesse bolg, ele tem recebido uma média de 10 visitas por dia, me peguei pensando em o que tudo isso pode significar, e indo muito mais além, como isso pode afetar a vida de algumas pessoas.

Trabalho e convivo com "famosos" a muito tempo, muito mesmo, me lembro ainda do aniversário de 18 anos do meu ex marido, que teve fila de meninas na porta do quarto dele por simplesmente termos na festa como convidado pessoal o Adriano, um dos integrantes da banda Vagabundos - "vaga, vaga, vaga, vagabundo, eu sou, eu sou, vagabundo eu !" - Pasmem, com toda essa criatividade na letra essa banda (quase) fez um sucesso tremendo, apareceu em todos os veículos de mídia e foram aclamados por um certo tempo, hoje tocam em barzinhos na vila Olímpia e os integrantes já nem são os mesmo, mas isso não vem ao caso... Voltando ao fato ocorrido (fila na porta de um quarto) estávamos lá, trocando ideias, e ele dando autografos e tirando fotos, todo simpático, quando finalmente as "groupies" o deixaram em paz, ele voltou a ser o Adriano, mulecão, sorridente, simples e de carne e osso.

Enfim... o tempo foi passando e eu fui em envolvendo cada vez mais nessa vida de "fama e glamour" seja ela no mainstream, seja ela no undergound. Hoje sou considerada uma produtora artistica e organizadora de eventos, dj, e pelo numero de visitas que esse blog tem, no mínimo uma boa colunista, mas em momento algum quis ser "pop", ter fãs ou coisa do gênero, seria hipocrisia da minha parte dizer que não gosto do reconhecimento, gosto dele, mas do reconhecimento pelo trabalho que executo. Essa coisa de ser aclamada, aplaudida, cercada ou coisa assim, isso nunca fez minha cabeça, e confesso, muita vezes me incomoda, mas vejo pessoas que fazem de um tudo pra atingirem esse estágio e nunca se darem por satisfeito. Se hoje tomam um porre e escrevem "boceta" em um cartaz lhe traz fama (leia polemica), amanhã estão tendo uma cirrose dentre de um motel com cinco putas, acreditando piamente que essa é a forma de se manter "popular".

Até então, querer e gostar da fama, é completamente normal, o que me preocupa e por hora me deixa um tanto quanto indignada, é a busca constante por ela, as conseqüencias e inconseqüencias que ela pode trazer. Ser famoso por conseqüencia natural considero valido, mas ser famoso sendo aquilo que você não é, mas acredita que deve fazer para chamar atenção dos demais, me foge a qualquer conceito do que é ARTE. Vejo pessoas fazendo "tipo" para adquirirem legião de fãs e seguidores, os famosos "paga-pau" e derrepente se frustrando ou pior ainda, não conseguindo mais voltar a ser quem realmente são, é como um circulo vicioso, a pessoa já não consegue mais deixar de ser polemico para chamar atenção porque isso já faz parte de sua personalidade, mas muitos dos que conheço, muitos mesmos, em seus poucos momentos de consciência sabem o quanto estão errando e penalizando pessoas em seu redor.

Imagine-se em um determinado ponto da sua vida você sendo "famoso" por ter escolhido uma maneira polemica de viver e atuar nos palcos da vida dicido a resgatar os amigos que por inconseqüencia se afastaram de você, buscando a mulher que desistiu de você, e vendo que tudo, absolutamente tudo o que você perdeu, ou deixou de ganhar em alguns raros casos, foi por egoísmo... Era bom ser popular, aclamado e fazer tudo aquilo que todo mundo não tinha coragem de dizer e fazer, mas e agora? Como reparar os danos, como se livrar do vicio?

Será que alguém consegue entender o que estou tentando dizer?

Acho que de uma forma resumida, tudo o que eu quis expressar nesse post é que muitos dos "famosos" que conhecemos hoje, idolatramos, e desejamos ser iguais, não são autênticos... Tá ai, essa é a questão, autencidade da fama, ser exatamente o que se é de verdade, não se fazer de rebelde pra conquistar acefalos, que obviamente tem grande parcela de culpa nessa coisa de "fama fabricada", são jovens, ou as vezes nem tanto, mas são como tais... inconseqüentes e vulneráveis, buscam sempre em outros o espelho de tudo aquilo que não fazem por serem recriminados pela sociedade ou qualquer outra coisa.

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