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O que será que vai acontecer?

Quando não caber mais em mim essa vontade de estar ao seu lado todos os dias, quando as poucas horas com você já não me bastarem para matar a saudade, quando a espera pela sua chegada for mais angustiante que a tristeza da despedida... Será que vou conseguir ter forças suficientes para tirar o peso que cala minha voz e dizer para ti que Te Amo?

E se esse amor realmente apareça, todas essas diferenças que estamos superando não vão nos cansar?

Queria não me conhecer, queria não saber as respostas dessas perguntas, queria o novo de novo! O inesperado, o incomum... Mas eu tenho medo, e meu medo só permite arriscar-me até onde meu egoísmo permite. Até onde eu sei que não chegarei ao ponto de chorar sozinha em casa por me culpar de não ter tentado ou ter tentado e errado.

Eu falo de coragem, de se arriscar, mas eu nunca me jogo de verdade, eu vou sempre apalpando com minhas mãos os corredores por onde passo. Porque eu tenho medo! Medo de cair novamente em um abismo. Medo de sangrar a morte do amor mais uma vez. É por isso que me entrego me guardando... Mas se você me fizer fechar os olhos sem medo, mesmo que apenas pelo instante de nossos beijos, eu vou abrir minha guarda, vou fazer de teus braços minha morada.

E também vou gritar aos quatro cantos do mundo que encontrei alguém que me fez reviver para o amor, não apenas sentir, não apenas sonhar com ele, mas viver! Viver intensamente todas as sensações magnificas que esse sentimento é capaz de nos trazer.

Então te peço:
Me faz fechar os olhos do teu lado sem medo do que posso ver quando abri-los!

Porque pode até ser culpa minha perder tantas oportunidades, mas tenho no corpo chagas de paixões dilaceradas que me sangram a alma e me impedem de me entregar até que encontre nos braços teus ou de outro alguém um porto seguro

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